terça-feira, 1 de maio de 2012

vencendo o vicio 2

DEUS NUNCA ERRA


 
DEUS NUNCA ERRA
ELE é Verdadeiro. Deus não erra . . Há muito tempo, num Reino distante, havia um Rei que não acreditava na bondade de Deus. Tinha, porém, um súdito que sempre lhe lembrava dessa verdade. . . Em todas situações dizia: "- Meu Rei, não desanime, porque Tudo que Deus faz é Perfeito. Ele nunca erra!" Um dia, o Rei saiu para caçar juntamente com seu súdito, e uma fera da floresta atacou o Rei. . . O súdito conseguiu matar o animal, porém não evitou que sua Majestade perdesse o dedo mínimo da mão direita. O Rei, furioso pelo que havia acontecido, e sem mostrar agradecimento por ter sua vida salva pelos esforços de seu servo, perguntou a este: "- E agora, o que você me diz? Deus é bom? . . Se Deus fosse bom eu não teria sido atacado, e não teria perdido o meu mindinho." O servo respondeu: "- Meu Rei, apesar de todas essas coisas, somente posso dizer-lhe que Deus é bom, e que mesmo isso, perder um dedo, é para seu bem! Tudo que Deus faz é Perfeito. Ele nunca erra !!!".
        O Rei, indignado com a resposta "insolente" do súdito, mandou que fosse preso na cela mais escura e mais fétida do calabouço. Após algum tempo, o Rei saiu novamente para caçar e aconteceu dele ser atacado, desta vez por uma tribo de índios que vivia na selva. Estes índios eram temidos por todos, pois sabia-se que faziam sacrifícios humanos para seus deuses. Mal prenderam o Rei, passaram a preparar, cheios de júbilo, o ritual do sacrifício. Quando já estava tudo pronto, e o Rei já estava diante do altar, o sacerdote indígena, ao examinar a vítima, observou furioso: "- Este homem não pode ser sacrificado, pois é defeituoso! Falta-lhe um dedo!". E o Rei foi libertado. Ao voltar para o palácio, muito alegre e aliviado, libertou seu súdito e pediu que viesse em sua presença. Ao ver o servo, abraçou-o afetuosamente dizendo-lhe: "- Meu Caro, Deus foi realmente bom comigo! Você já deve estar sabendo que escapei da morte justamente porque não tinha um dos dedos. Mas ainda tenho em meu coração uma grande dúvida: Se Deus é tão bom, por que permitiu que você fosse preso da maneira como foi? Logo você, que tanto O defendeu!?" . . O servo sorriu e disse: " - Meu Rei, se eu estivesse junto contigo nessa caçada, certamente seria sacrificado em vosso lugar, pois não me falta dedo algum! . . Portanto, lembre-se sempre: Tudo o que Deus faz é perfeito, Ele nunca erra!!!
 

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pergaminhos do Apostolo Paulo extraído, Do livro, o maior vendedor do mundo


Pergaminho Número Um
Hoje começo uma nova vida.
Hoje mudo minha pele velha que sofreu, por muito tempo, as
machucaduras do fracasso e os ferimentos da mediocridade.
Hoje renasço e meu berço é uma vinha onde há frutas para todos.
Hoje colherei uvas de sabedoria da mais cheia e produtiva videira
da vinha, pois elas foram plantadas pelos mais sábios de minha profissão
que me antecederam, geração após geração.
Hoje provarei o sabor das uvas destas videiras e, em verdade,
engolirei a semente do êxito incrustada em cada uva para que uma
nova vida possa germinar dentro de mim.
A carreira que escolhi é plena de oportunidades, embora repleta
de desgostos e desapontamentos e, se os corpos daqueles que
fracassaram fossem empilhados um em cima do outro, lançariam sua
sombra sobre todas as pirâmides da Terra.
Contudo, eu não fracassarei como os outros, pois em minhas
mãos tenho agora o roteiro que me guiará por águas perigosas às praias
que, ontem mesmo, pareceriam apenas um sonho.
O fracasso não será mais pagamento pelo meu esforço. Assim
como a Natureza não preparou meu corpo para tolerar a dor, também
não determinou que minha vida sofra o fracasso. O fracasso, como a
dor, é elemento estranho a minha vida. No passado eu o aceitei, como
aceitei a dor. Agora eu rejeito a ambos e estou preparado para a sabedoria
e os princípios que me guiarão das sombras para a luz da riqueza,
posição e felicidade, bem além dos meus sonhos mais extravagantes,
quando até mesmo as maçãs douradas do Jardim das Hespérides me
parecerão justa recompensa.
O tempo ensina tudo para quem vive eternamente, mas não tenho
o luxo da eternidade. Contudo, dentro do tempo que me foi concedido,
devo praticar a paciência, pois a Natureza jamais age apressadamente.
Para criar a oliveira, rainha de todas as árvores, cem anos são necessários.
Em nove semanas a cebola já está velha. Eu tenho vivido como uma
cebola. Isto não me agrada. Agora, desejo tornar-me a maior das oliveiras
e, em verdade, o maior dos vendedores.
E como se realizará isto? Pois não tenho nem o conhecimento
nem a experiência para alcançar grandeza e já tropeço na ignorância e
caio nas águas da lamúria. A resposta é simples. Começarei minha
jornada desembaraçado do peso de conhecimentos desnecessários e
de obstáculos da experiência sobre trabalhos sem resultados. A Natureza
sempre me forneceu conhecimento e instinto maior do que a qualquer
animal da floresta, superior até mesmo ao valor da experiência em geral
superestimado por velhos que parecem sábios, mas falam tolices,
Em verdade, a experiência ensina a fundo, porém seu curso de
instrução devora os anos dos homens e dessa maneira o valor das lições
diminui com o tempo necessário para adquirir-se sua sabedoria especial.
Seu objetivo desperdiça-se com a morte dos homens. Ademais, a
experiência é comparável à moda; uma ação que resulta em êxito hoje
poderá ser inaproveitável e impraticável amanhã.
Apenas princípios permanecem e estes eu agora tenho em meu
poder, pois as leis que me levarão à grandeza estão contidas nas palavras
dos pergaminhos. O que eles ensinarão será mais evitar o fracasso do
que obter êxito, pois o que é o êxito senão um estado de espírito? Dois,
entre mil sábios, se tanto, definirão o êxito nas mesmas palavras,
enquanto o fracasso é sempre descrito de apenas um modo. O fracasso
e’ a incapacidade do homem em atingir seus objetivos na vida, sejam
eles quais forem.
Na verdade, a única diferença entre aqueles que falharam e aqueles
que tiveram sucesso está na diferença de seus hábitos. Bons hábitos
são a chave do sucesso. Maus hábitos são a porta aberta para o fracasso.
Assim, a primeira lei que obedecerei é: formarei bons hábitos e me
tornarei escravo deles.
Quando criança, fui escravo de meus impulsos; agora sou escravo
de meus hábitos, como todos os adultos. Abri mão de minha vontade
própria, cedendo aos anos de hábitos acumulados e os últimos feitos
de minha vida já parecem estar marcados por um destino que ameaça
aprisionar meu futuro. Minhas ações são ditadas pelo apetite, paixão,
preconceito, avidez, amor, medo, ambiente, hábito, e o pior de todos
estes tiranos é o hábito. Se, portanto, devo ser escravo do hábito, que
seja um escravo de bons hábitos. Meus maus hábitos devem ser
destruídos e novos sulcos preparados para boas sementes.
Eu formarei bons hábitos e me tornarei escravo deles.
E como realizarei esse difícil feito? Através destes pergaminhos,
pois cada um deles contém um princípio que expulsará o mau hábito
de minha vida e nela recolocará outro que me conduzirá para mais perto
do sucesso. Pois é outra das leis naturais que apenas um hábito pode
dominar outro hábito. Assim, para que estas palavras escritas realizem
a tarefa escolhida, devo disciplinar-me ao seguinte, que é o primeiro de
meus hábitos:
Eu lerei cada pergaminho por trinta dias seguidos, da maneira
recomendada, antes de passar ao pergaminho seguinte.
Primeiro, lerei as palavras em silêncio, ao acordar. Depois, lerei
em silêncio, após almoçar. Finalmente, lerei de novo, antes de retirarme
para o leito e, mais importante, nesta ocasião lerei em voz alta.
No dia seguinte, repetirei o processo e continuarei dessa maneira
por trinta dias. Tomarei, então, o pergaminho seguinte e repetirei esse
processo por outros trinta dias. Continuarei assim até viver com cada
pergaminho por trinta dias, e minha leitura se torne um hábito.
E o que será conquistado com esse hábito? Aqui está o segredo
oculto das conquistas humanas. Com a repetição das palavras
diariamente, elas logo se tornarão parte de minha mente ativa, porém,
mais importante, também se infiltrarão em minha outra mente, essa
misteriosa fonte que nunca dorme, que cria meus sonhos e
freqüentemente me faz agir de maneiras que mal percebo.
Assim que as palavras destes pergaminhos forem assimiladas pela
minha mente misteriosa, eu começarei a despertar, cada manhã, com
uma vitalidade que jamais conheci antes. Meu vigor aumentará, meu
entusiasmo se levantará, meu desejo de encontrar o mundo ultrapassará
qualquer medo que um dia conheci ao nascer do sol e serei mais feliz
do que jamais acreditei ser possível neste mundo de luta e tristeza.
Finalmente, encontrar-me-ei reagindo em todas as situações que
confrontar, como foi recomendado nos pergaminhos, e, logo, essas
ações e reações se tornarão fáceis de executar, pois cada ato, com a
prática, torna-se fácil.
Assim, nasce um novo e bom hábito, pois, quando um hábito se
torna fácil, através de constante repetição, é um prazer executá-lo e, se
é um prazer executá-lo, é da natureza do homem executá-lo
freqüentemente. Quando eu o executo freqüentemente, ele se torna
um hábito e eu me torno seu escravo; e desde que seja um bom hábito
é a minha vontade.
Hoje começo uma nova vida.
E juro solenemente a mim mesmo que nada retardará o
crescimento de minha nova vida. Não perderei um dia sequer destas
leituras, pois este dia não pode ser recuperado nem posso substitui-lo
por outro. Não devo, não quero quebrar o hábito de ler diariamente
estes pergaminhos e, em verdade, os poucos momentos passados cada
dia com este hábito são apenas um pequeno preço a pagar pela felicidade
e êxito que serão meus.
Ao ler e reler as palavras dos pergaminhos, nunca permitirei que
a brevidade ou a simplicidade de suas palavras me faça encarar a
mensagem como se fosse superficial. Milhares de uvas são amassadas
para encher uma jarra de vinho, e a casca da uva e sua polpa ainda são
bicadas pelos pássaros. Assim é com estas uvas de sabedoria das
gerações. Muito tem sido filtrado e abalado pelo vento. Apenas a verdade
pura permanece destilada nas palavras, para ser lembrada. Beberei
segundo as instruções e não perderei uma só gota. E absorverei a
semente do êxito.
Hoje minha pele velha se assemelha a poeira. Andarei altivo entre
os homens e eles me reconhecerão, pois hoje sou um novo homem,
com uma vida nova.

Nove

Pergaminho Número Dois
Saudarei este dia com amor no coração.
Pois este é o maior segredo do êxito em todas as aventuras. Os
músculos podem partir um escudo e até destruir a vida, mas apenas os
poderes invisíveis do amor podem abrir os corações dos homens, e até
dominar esta arte não serei mais que um mascate na feira. Farei do
amor minha maior arma e ninguém que a enfrente poderá defender-se
de sua força.
Podem opor-se ao meu raciocínio, desconfiar de meu discurso;
podem desaprovar meus trajes; podem rejeitar meu rosto; e podem até
suspeitar de meus negócios; contudo, meu amor enternecerá todos os
corações, comparável ao Sol cujos raios suavizam o mais frio barro.
Saudarei este dia com amor no coração.
E como o farei? De hoje em diante olharei todas as coisas com
amor e renascerei. Amarei o Sol porque aquece os meus ossos; não
obstante, amarei a chuva porque purifica meu espírito. Amarei a luz
porque me mostra o caminho; não obstante, amarei a escuridão porque
me faz ver as estrelas. Eu receberei a felicidade porque ela engrandece
o meu coração; não obstante, tolerarei a tristeza porque abre a minha
alma. Aceitarei prêmios porque são minhas recompensas; não obstante,
receberei de bom grado os obstáculos, porque eles são meu desafio.
Saudarei este dia com amor no coração.
E como falarei? Enaltecerei meus inimigos e eles se tornarão
amigos. Cavarei fundo, buscando razões para aplaudir; jamais arranjarei
justificativas para maldizer. Quando tentado a criticar, morderei a língua;
quando me decidir a elogiar alguém, falarei alto acima dos tetos.
Não é assim que os pássaros, o vento, o mar e toda a natureza
falam com a música de louvor pelo seu criador? Não posso conversar
no mesmo tom com seus filhos? De hoje em diante relembrarei este
segredo e mudarei minha vida.
Saudarei este dia com amor no coração.
E como agirei? Amarei todos os comportamentos dos homens,
pois cada um tem qualidades para ser admirado, mesmo se estiverem
ocultas. Com amor derrubarei o muro da suspeita e ódio que construíram
em volta dos corações e, em seu lugar, construirei pontes para que meu
amor possa entrar em suas almas.
Amarei as ambições, pois elas podem inspirar-me; amarei os
fracassos, pois eles podem ensinar-me. Amarei os reis, pois eles são
apenas humanos; amarei os humildes, pois eles são filhos de Deus.
Amarei os ricos, pois eles são, não obstante, solitários; amarei os pobres,
pois eles são muitos. Amarei os jovens, pela fé que têm; amarei os
velhos, pela sabedoria que partilham. Amarei os formosos, por seu olhar
de tristeza; amarei os feios, por suas almas de paz.
Saudarei este dia com amor no coração.
Mas como reagirei às reações dos outros? Com amor. Pois, sendo
a minha arma para abrir os corações dos homens, o amor é também o
meu escudo para repelir as setas do ódio e as lanças da ira. A adversidade
e o desencorajamento se chocarão contra meu novo escudo e se tornarão
como as chuvas mais brandas. Meu escudo me protegerá na feira e me
sustentará quando sozinho. Ele me reanimará em momentos de
desespero e, contudo, me acalmará na exultação. Tornar-me-ei mais
forte e mais protegido usando-o até o dia em que ele seja parte de mim,
e andarei desembaraçado entre todos os comportamentos dos homens,
e meu nome se erguera alto na pirâmide da vida.
Saudarei este dia com amor no coração.
E como enfrentarei cada um que encontrar?
De apenas um modo. Em silêncio, e, para mim mesmo, dir-lheei:
“Eu Amo Você.” Embora ditas em silêncio, estas palavras brilharão
em meus olhos, desenrugarão minha fronte, trarão um sorriso a meus
lábios e ecoarão em minha voz; e o coração dele se abrirá. E quem dirá
não às minhas mercadorias quando seu coração sente meu amor?
Saudarei este dia com amor no coração.
E acima de tudo amarei a mim mesmo, pois, quando o fizer,
zelosamente inspecionarei todas as coisas que entraram em meu corpo,
minha mente, minha alma e meu coração. Jamais abusarei das
solicitações da carne, mas, sobretudo, cuidarei de meu corpo com asseio
e moderação. Jamais permitirei que minha mente seja atraída para o
mal e o desespero, mas sobretudo a elevarei, com o conhecimento e a
sabedoria das gerações. Jamais permitirei que minha alma se torne complacente
e satisfeita, mas haverei de alimentá-la com meditação e oração.
Jamais permitirei que meu coração se amesquinhe e padeça, mas
compartilhá-lo-ei e ele crescerá e aquecerá a Terra.
Saudarei este dia com amor no coração.
De hoje em diante amarei a humanidade. Deste momento em
diante todo o ódio desaparece de minhas veias, pois não tenho tempo
para odiar, apenas para amar. Deste momento em diante dou o primeiro
passo necessário para me tornar um homem entre homens. Com amor,
aumentarei minhas vendas cem vezes mais e me tornarei um grande
vendedor. Se nenhuma outra qualidade possuo, posso ter êxito apenas
com o amor. Sem ele eu fracassarei, embora possua todo o
conhecimento e as técnicas do mundo.
Saudarei este dia com amor e terei êxito.

Dez

Pergaminho Número Três
Persistirei até vencer.
No Oriente, os touros jovens são testados para o combate na
arena de um modo apropriado. São levados um a um para a arena, e
permite-se que ataquem o picador que os provoca com uma lança. A
bravura de cada touro é então avaliada com cuidado segundo o número
de vezes que demonstra persistência para investir apesar da ferroada da
lâmina, De hoje em diante reconhecerei que cada dia sou testado pela
vida do mesmo modo. Se persisto, se continuo a tentar, se continuo a
investir, serei bem-sucedido.
Persistirei até vencer.
Eu não cheguei a este mundo numa situação de derrota, nem o
fracasso corre em minhas veias. Não sou ovelha à espera de que meu
pastor me aguilhoe e acaricie, mas um leão, e me recuso a falar, andar e
dormir com o rebanho. Não ouvirei aqueles que se intimidam e se
queixam, pois tal doença é contagiosa. Eles que se unam ao rebanho.
O matadouro do fracasso não é o meu destino.
Persistirei até vencer.
Os prêmios da vida estão no fim de cada jornada, não próximos
do começo; não me é dado saber quantos passos são necessários a fim
de alcançar o objetivo. O fracasso pode ainda se encontrar no milésimo
passo, mas o sucesso se esconde atrás da próxima curva da estrada.
Jamais saberei a que distância está, a não ser que dobre a curva.
Sempre darei um passo avante. Se este não resultar em nada,
darei outro e mais outro. Em verdade, dar um passo de cada vez não é
difícil.
Persistirei até vencer.
De hoje em diante, considerarei o esforço de cada dia como um
golpe do meu machado no poderoso carvalho. O primeiro golpe pode
não causar tremor na madeira, nem o segundo, nem o terceiro. Cada
golpe pode parecer insignificante e sem nenhuma conseqüência.
Contudo, a custo de tais golpes, o carvalho finalmente tombará. Assim
também será com os meus esforços de hoje.
Sou comparável a uma gota de chuva que lava a montanha; à
formiga que devora o tigre; à estrela que ilumina a Terra; ao escravo
que constrói uma pirâmide. Construirei meu castelo com um tijolo de
cada vez, pois sei que pequenas tentativas repetidas completarão
qualquer empreendimento.
Persistirei até vencer.
Jamais aceitarei a derrota, e retirarei de meu vocabulário palavras
e expressões como “desistir”, “não posso”, “incapaz”, “impossível”,
“fora de cogitação”, “improvável”, “fracasso”, “impraticável”, “sem
esperança” e “recuo”, pois são palavras e expressões de tolos. Evitarei
o desespero, mas se essa doença da mente me contagiar, então
prosseguirei, mesmo em desespero. Trabalharei firme e permanecerei.
Ignorarei os obstáculos sob meus pés e manterei meus olhos firmes
nos objetivos acima de minha cabeça, pois sei que onde um deserto
árido termina, a grama verde nasce.
Persistirei até vencer.
Eu me lembrarei das velhas leis comuns e as usarei em meu
benefício. Persistirei com o conhecimento de que cada fracasso em
vender aumentará minha oportunidade de êxito na tentativa seguinte.
Cada “não” que ouvir me trará para junto do som do “sim”. Cada
sobrolho franzido que encontrar apenas me preparará para o sorriso
que chega. Cada infortúnio com que me deparar trará consigo a semente
da sorte do amanhã. Eu preciso da noite para apreciar o dia. Devo fracassar
muito para alcançar o sucesso definitivo.
Persistirei até vencer.
Tentarei e tentarei e tentarei de novo. Cada obstáculo, considerarei
como um mero atraso em relação ao meu objetivo e um desafio à minha
profissão. Persistirei e desenvolverei minhas técnicas como um
marinheiro desenvolve a sua, aprendendo a escapar da fúria de cada
tempestade.
Persistirei até vencer.
De hoje em diante, aprenderei e aplicarei outro segredo importante
para o sucesso do meu trabalho. Ao findar de cada dia, independente
de êxito ou fracasso, tentarei efetuar mais uma venda. Quando os meus
pensamentos acenarem com o caminho de casa ao meu corpo cansado,
resistirei à tentação de partir. Tentarei novamente, farei uma tentativa
mais para fechar com vitória e, se fracassar, farei outra. Jamais permitirei
que o dia termine com um fracasso. Assim, plantarei a semente do
êxito de amanhã e ganharei uma insuperável vantagem sobre aqueles
que interrompem o trabalho a uma determinada hora. Quando outros
interrompem suas lutas, então a minha começará e minha colheita será
plena.
Persistirei até vencer.
Não permitirei que o êxito de ontem me embale na complacência
de hoje, pois essa é a grande razão do fracasso. Esquecerei os
acontecimentos do dia anterior, sejam eles bons ou maus, e saudarei o
novo sol com a confiança de que este será o melhor dia de minha vida.
Até onde o fôlego me acompanhar, persistirei. Pois agora conheço
um dos maiores princípios do êxito; se persisto o bastante, vencerei.
Eu persistirei.
Eu vencerei.

Onze

Pergaminho Número Quatro
Eu sou o maior milagre da natureza.
Desde o começo dos tempos jamais houve outro com minha
mente, meu coração, meus olhos, meus ouvidos, minhas mãos, meu
cabelo, minha boca. Ninguém que me antecedeu, ninguém que ainda
vive, nem ninguém que virá pode andar e falar e pensar exatamente
como eu. Todos os homens são meus irmãos, porém sou diferente deles
todos. Sou uma criatura única em todo o universo.
Eu sou o maior milagre da natureza.
Embora eu seja do reino animal, os prazeres apenas animais não
me satisfazem. Dentro de mim arde a chama que tem passado de
gerações incontáveis, e seu calor é uma constante incitação para o meu
espírito, para me tornar melhor do que sou, e melhor me tornarei.
Soprarei esta chama da insatisfação e proclamarei minha singularidade
ao mundo.
Ninguém é capaz de reproduzir minha pincelada, ninguém é capaz
de repetir as marcas de meu cinzel, ninguém é capaz de reproduzir
minha caligrafia, ninguém é capaz de fornecer o meu produto, e, em
verdade, ninguém tem a habilidade para vender exatamente como eu.
De hoje em diante, aproveitarei esta diferença, pois é uma garantia a
ser inteiramente incentivada.
Eu sou o maior milagre da natureza.
Basta, para mim, de vãs tentativas ou imitações dos outros. Em
vez disto, colocarei minha singularidade à mostra na feira. Eu a
proclamarei, sim, eu a venderei. Começarei agora a acentuar minhas
diferenças, a ocultar as similaridades. Da mesma forma, aplicarei este
principio às mercadorias que vender. Vendedor e mercadorias diferentes
dos outros e orgulhoso das diferenças.
Sou uma criatura única na natureza.
Sou raro, e há um valor em toda raridade; portanto, sou valioso.
Sou o produto final de milhares de anos de evolução; portanto, estou
melhor equipado em mente e corpo do que todos os imperadores e
sábios que me precederam.
Mas minhas técnicas, minha mente, meu coração e meu corpo
estagnarão, degenerarão e morrerão se não forem colocados em uso.
Tenho potencial ilimitado. Emprego somente uma parte de meu cérebro;
flexiono apenas uma desprezível porção de meus músculos. Posso
centuplicar minhas realizações de ontem, e é o que farei a partir de
hoje.
Jamais ficarei satisfeito com as realizações de ontem, nem me
entregarei mais à vanglória dos meus feitos que, em realidade, são
pequenos demais para serem sequer reconhecidos. Posso realizar muito
mais, e realizarei, pois por que deveria o milagre que me produziu findarse
com o meu nascimento? Por que não posso estender este milagre
aos feitos de hoje?
Eu sou o maior milagre da natureza.
Não estou nesta terra por acaso. Estou para um propósito, e esse
propósito é crescer como uma montanha e não me encolher ao tamanho
de um grão de areia. De hoje em diante aplicarei todos os meus esforços
para me tornar a mais alta montanha e forçarei minhas capacidades até
que elas peçam misericórdia.
Aumentarei meu conhecimento da humanidade, o meu próprio
e das mercadorias que vendo; assim minhas vendas se multiplicarão.
Praticarei e melhorarei e aperfeiçoarei meu vocabulário para vender
minhas mercadorias, pois este é o fundamento sobre o qual construirei
minha carreira, e jamais esquecerei que muitos atingiram grande riqueza
e êxito com apenas uma apregoação, pronunciada com excelência.
Também procurarei constantemente melhorar meus modos e virtudes,
pois eles são o açúcar que a todos atrai.
Eu sou o maior milagre da natureza.
Concentrarei minha energia no desafio do momento e minhas
ações me ajudarão a esquecer tudo o mais. Os problemas caseiros em
casa serão deixados. Não pensarei em minha família quando estiver na
feira; isso viria obscurecer meus pensamentos. Da mesma maneira os
problemas da feira na feira serão deixados, e não pensarei em minha
profissão quando estiver em casa, pois isto embotará o meu amor.
Não há lugar na feira para minha família, nem há lugar em meu
lar para a feira. Divorciarei um do outro e assim permanecerei casado
com ambos. Separados devem permanecer ou minha carreira morrerá.
Este é um paradoxo das gerações.
Eu sou o maior milagre da natureza.
Recebi olhos para ver e mente para pensar, e agora conheço um
grande segredo da vida, pois percebo, finalmente, que todos os meus
problemas, desânimos e agitações são, em verdade, grandes
oportunidades disfarçadas. Não mais serei enganado pela aparência
dos outros, pois meus olhos estão abertos. Olharei mais do que a roupa
e não serei iludido.
Eu sou o maior milagre da natureza.
Nenhum animal, nenhuma planta, nenhum vento, nenhuma
chuva, nenhuma pedra, nenhum lago teve o mesmo começo que eu,
pois fui concebido em amor e trazido à luz com um propósito. No
passado não havia examinado este fato, mas de hoje em diante ele
modelará e norteara minha vida.
Eu sou o maior milagre da natureza.
E a natureza não conhece derrota. Por fim, ela emerge vitoriosa e
assim emergirei eu, e após cada vitória a próxima luta se torna menos
difícil.
Vencerei e me tornarei um grande vendedor, pois sou uma pessoa
única no universo.
Eu sou o maior milagre da natureza.

Doze

Pergaminho Número Cinco
Viverei hoje como se fosse meu último dia.
E agora o que farei com este último e precioso dia que resta em
meu poder? Primeiro, tamparei seu conteúdo de vida para que nenhuma
gota se derrame na areia. Não desperdiçarei um momento sequer
cultivando os infortúnios ou as derrotas do ontem, as dores de coração,
pois por que deveria eu desperdiçar o bem lembrando-me do mal?
Poderá a areia escorrer do chão para a taça do tempo? levantarse-
á o sol de onde se põe e se porá de onde se levanta? Posso reviver os
erros do ontem e corrigi-los? Posso chamar de volta os ferimentos do
ontem e curá-los? Posso tornar-me mais jovem do que era ontem?
Posso retirar o mal que fiz, os socos que dei, a dor que causei? Não. O
ontem está enterrado para sempre e nele não mais pensarei.
Viverei hoje como se fosse meu último dia.
E agora o que farei? Esquecendo o ontem também não pensarei
no futuro. Por que deveria eu trocar o agora pelo talvez? Pode a areia
de amanhã escorrer para a taça antes de hoje? Levantar-se-á o sol duas
vezes esta manhã? Posso executar os feitos de amanhã enquanto estiver
na trilha de hoje? Posso colocar o ouro de amanhã na bolsa do hoje?
Pode a criança de amanhã nascer hoje? Pode a morte de amanhã lançar
suas sombras de volta e enegrecer a alegria de hoje? Deveria
preocupar-me com os eventos que talvez jamais testemunhe? Deveria
me atormentar com os problemas que talvez jamais venha a ter? Não!
O amanhã está tão enterrado quanto o ontem e não pensarei mais nisso.
Viverei hoje como se fosse meu último dia.
Este dia é tudo o que tenho e estas horas são agora a minha
eternidade. Saúdo este nascer do sol com gritos de alegria, como um
prisioneiro que é aliviado da sentença de morte. Ergo meus braços em
gratidão por esta dádiva sem preço: um novo dia. Da mesma maneira,
levarei a mão ao peito em gratidão ao pensar naqueles que saudaram o
nascer do sol do ontem e que não mais estão entre os vivos. Sou
realmente um afortunado e as horas do hoje não são senão um prêmio
imerecido. Por que me foi permitido viver este dia extra quando outros,
muito melhores do que eu, já desapareceram? Será que eles realizaram
seus propósitos enquanto o meu ainda está por alcançar? Será esta
uma outra oportunidade para que eu me torne o homem que poderei
ser? Há um propósito na natureza? Será este o meu dia de vencer?
Viverei hoje como se fosse meu último dia.
Não tenho senão uma vida e a vida não é nada mais que uma
medida de tempo. Ao perder tempo, destruo a vida. Se desperdiço o
hoje, destruo a última página de minha vida. Aproveitarei, portanto,
cada hora deste dia, pois ela jamais poderá voltar. Ela não pode ser
depositada hoje para ser retirada amanhã, pois quem pode burlar o
vento? Agarrarei com as duas mãos e acariciarei com amor cada minuto
deste dia, pois seu valor é sem preço. Que moribundo pode comprar
outro fôlego, embora, de bom grado, dê todo o seu ouro? Que preço
ouso fixar para as horas adiante de mim? Eu as farei inestimáveis!
Viverei hoje como se fosse meu último dia.
Evitarei com fúria os desperdiçadores de tempo. A demora
destruirei com ações; a dúvida enterrarei sob a fé; o medo desmembrarei
com confiança. Onde houver bocas ociosas não ouvirei nada; onde
houver mãos ociosas não me demorarei; onde houver corpos ociosos
não visitarei. De hoje em diante, sei que cortejar a ociosidade é roubar
alimento, roupa e calor daqueles que amo. Não sou ladrão. Sou um
homem de amor e hoje é minha última oportunidade de provar meu
amor e minha grandeza.
Viverei hoje como se fosse meu último dia.
Cumprirei hoje os deveres de hoje. Hoje acariciarei meus filhos
enquanto são crianças; amanhã eles partirão e eu também. Hoje
abraçarei minha mulher com doces beijos; amanhã ela partirá e eu
também. Hoje ajudarei um amigo em necessidade; amanhã ele não
mais gritará por ajuda, nem eu ouvirei seus gritos. Hoje me entregarei
ao sacrifício e ao trabalho; amanhã não terei nada para entregar e nem
haverá ninguém para receber,
Viverei hoje como se fosse meu último dia.
E se for será meu maior monumento. Farei deste o melhor dia de
minha vida. Beberei a cada minuto à sua plenitude. Provarei seu sabor
e agradecerei aos céus. Farei valer todas as horas e negociarei cada
minuto somente por alguma coisa de valor. Trabalharei mais arduamente
do que jamais trabalhei e forçarei meus músculos até que chorem de
dor, e então prosseguirei. Farei até mais visitas do que antes. Venderei
mais mercadorias do que jamais vendi antes. Ganharei mais ouro do
que jamais ganhei antes. Cada minuto do dia de hoje será mais frutífero
do que horas do dia de ontem. Meu último dia deve ser meu melhor
dia.
Viverei hoje como se fosse meu último dia.
E, se não for, cairei de joelhos e agradecerei aos céus.

Treze

Pergaminho Número Seis
Hoje serei dono de minhas emoções.
As marés avançam; as marés recuam. Vai o inverno, vem o verão.
Finda-se o calor, começa o frio. Levanta-se o Sol; põe-se o Sol. Clara é
a Lua cheia, negra é a Lua nova. Chegam os pássaros; partem os
pássaros. Florescem as flores, murcham as flores. Plantam-se as
sementes, colhem-se as colheitas. Toda a natureza é um círculo de
ânimos; eu sou uma parte da natureza e, assim como as marés, meus
ânimos se elevarão, meus ânimos cairão.
Hoje serei dono de minhas emoções.
É uma das artimanhas pouco percebidas da natureza que cada
dia acorde com ânimos diferentes dos da véspera. A alegria de ontem
será a tristeza de hoje; já a tristeza de hoje se transformará na alegria de
amanhã. Dentro de mim há uma roda constantemente a girar, da tristeza
para a alegria, da exultação para a depressão, da felicidade para a
melancolia. Como as flores, a florescência plena da alegria de hoje
fenecerá e murchará em desespero; porém, relembrarei que, como as
flores mortas de hoje carregam a semente da florescência de amanhã,
assim também a tristeza de hoje carrega a semente da alegria de amanhã.
Hoje serei dono de minhas emoções.
E como dominar essas emoções, para que cada dia seja produtivo?
Pois, a não ser que o meu ânimo seja forte, o dia será um fracasso. As
árvores e as plantas dependem da temperatura para florescerem, mas
eu farei minha própria temperatura, sim, eu a transportarei comigo. Se
eu trouxer a chuva, a melancolia, a escuridão e o pessimismo aos meus
fregueses, eles reagirão com chuva, melancolia, escuridão e pessimismo
e não comprarão nada. Mas, em vez disso, se lhes trouxer alegria,
entusiasmo, claridade e riso, eles reagirão com alegria, entusiasmo,
claridade e riso e minha temperatura produzira uma colheita de vendas
e um celeiro cheio de ouro.
Hoje serei dono de minhas emoções.
E como dominarei minhas emoções para que cada dia traga a
felicidade e seja produtivo? Aprenderei este segredo das gerações; Fraco
é aquele que permite que seus pensamentos controlem suas ações;
forte e aquele que força suas ações a controlar seus pensamentos.
Cada dia, ao acordar, seguirei este plano de batalha antes que seja
capturado pelas forças da tristeza, da lamúria e do fracasso:
Cantarei, se me sentir deprimido.
Rirei, se me sentir triste.
Redobrarei meu trabalho, se me sentir doente.
Avançarei, se sentir medo.
Vestirei roupas novas, se me sentir inferior.
Erguerei minha voz, se me sentir inseguro.
Relembrarei meu êxito passado, se me sentir incompetente.
Relembrarei meus objetivos, se me sentir insignificante.
Hoje serei dono de minhas emoções.
De hoje em diante saberei que apenas os de capacidade inferior
podem estar sempre em sua melhor forma e eu não sou inferior. Dias
haverá em que terei de lutar contra forças que me derrubariam, se
pudessem. Os desesperados e os tristes são fáceis de conhecer, mas há
quem virá com sorriso e mão de amizade, e pode destruir-me. Também
contra esse jamais devo ceder o controle.
Recordarei meus fracassos, se me tornar confiante demais.
Pensarei nas fomes passadas, se abusar do presente.
Relembrarei minha luta, se me sentir complacente.
Relembrarei momentos de vergonha, se me entregar a momentos
de grandeza.
Tentarei parar o vento, se me sentir com poder demais.
Relembrarei uma boca sem alimento, se atingir grande riqueza.
Relembrarei momentos de fraqueza, se me tornar demasiado
orgulhoso.
Fitarei as estrelas ao sentir que minhas técnicas são inigualáveis.
Hoje serei dono de minhas emoções.
E, com este novo conhecimento, também entenderei e
reconhecerei os ânimos daquele a quem visito. Permitirei que extravase
sua ira e irritação de hoje, pois ele não conhece o segredo de controlar
sua mente. Posso tolerar-lhe as setas e insultos, pois agora sei que
amanhã ele mudará e, então, será uma alegria aproximar-me dele.
Não mais julgarei um homem apenas por um encontro; não mais
deixarei de visitar amanhã, de novo, aquele que se encontra irado hoje.
Neste dia ele não dará um tostão por artigos de ouro; amanhã, trocará
sua casa por uma árvore. Meu conhecimento deste segredo será minha
chave para a grande riqueza.
Hoje serei dono de minhas emoções.
De hoje em diante, reconhecerei e identificarei o mistério dos
ânimos em toda a humanidade e em mim. A partir de hoje estou
preparado para controlar qualquer estado de espírito com que desperte
cada dia. Serei dono de meus ânimos pela ação positiva e, enquanto
for dono de meus ânimos, controlarei o meu destino.
Hoje controlarei o meu destino e meu destino é tornar-me o maior
vendedor do mundo.
Serei dono de mim mesmo.
Serei grande.

Quatorze

Pergaminho Número Sete
Rirei do mundo.
Nenhuma criatura viva ri, à exceção do homem. As árvores podem
sangrar quando feridas e os animais no campo gritarão de dor e fome,
mas apenas eu tenho o dom de rir, e ele é meu, para usar quando o
desejar. De hoje em diante, cultivarei o habito de rir.
Sorrirei e minha digestão será melhor; rirei baixinho e minhas
obrigações serão aliviadas; rirei e minha vida se alongará, pois este é o
segredo da vida longa, e agora é meu.
Rirei do mundo.
E principalmente rirei de mim mesmo, pois o homem é mais
cômico quando se leva a sério demais. Jamais cairei nesta armadilha da
mente. Pois, embora eu seja o milagre da natureza, não sou ainda um
mero grão jogado para lá e para cá pelos ventos do tempo? Sei eu
realmente de onde vim e para onde vou? Não parecerá tola minha
preocupação de hoje, daqui a dez anos? Por que devo permitir que os
mesquinhos acontecimentos de hoje me perturbem? O que pode ocorrer
ante este Sol, que não parecerá insignificante no rio dos séculos?
Rirei do mundo.
E como posso rir, quando confrontado com o homem ou o feito
que me ofende de maneira a fazer brotar minhas lágrimas e minhas
imprecações? Três palavras ensaiarei dizer, até que se tornem um hábito
tão forte que, imediatamente, aparecerão em minha mente, a qualquer
momento que o bom humor ameaçar abandonar-me. Essas palavras,
passadas pelos antigos, me conduzirão por toda a adversidade e
manterão minha vida em equilíbrio. As três palavras são: Isto tambem
passará.
Rirei do mundo.
Pois todas as coisas ditas, na verdade, passarão. Quando estiver
abatido pelo desgosto, devo consolar-me, pois isto também passará;
quando estiver enfunado com o êxito, devo advertir-me de que isto
também passará; quando estiver carregado de riqueza, direi para mim
mesmo que isto também passará. Sim, pois, em verdade, onde está
aquele que construiu as pirâmides? Não esta soterrado dentro de sua
pedra? E também não serão as pirâmides soterradas pela areia? Se todas
as coisas um dia passarão, por que deveria eu preocupar-me com o
hoje?
Rirei do mundo.
Pintarei este dia com risos; modelarei esta noite numa canção.
Jamais trabalharei para ser feliz; mas, sobretudo, permanecerei ocupado
demais para ser triste. Desfrutarei hoje a felicidade de hoje. Ela não é
um grão para ser armazenada numa caixa. Ela não é vinho para ser
guardada na jarra. Ela não pode ser guardada para o dia seguinte. Deve
ser plantada e colhida no mesmo dia e isto eu farei, de hoje em diante.
Rirei do mundo.
E, com meus risos, todas as coisas serão reduzidas ao seu real
tamanho. Rirei dos meus fracassos e eles desaparecerão nas nuvens de
novos sonhos; rirei de meus êxitos e eles se encolherão aos seus reais
valores. Rirei do mal e ele morrerá esquecido; rirei da bondade e ela se
esforçará e crescerá. Cada dia será triunfante apenas quando meus
sorrisos provocarem sorrisos dos outros e isso farei até com os que
não compram minhas mercadorias, evitando aborrecer-me como fazia
até agora.
Rirei do mundo.
De hoje em diante derramarei apenas lágrimas de suor, pois as
de tristeza, de remorso ou de frustração não têm valor na feira, enquanto
que cada sorriso pode ser trocado por ouro e cada palavra gentil saída
de meu coração pode construir um castelo.
Jamais permitirei tornar-me tão importante, tão sábio, tão
imponente e tão poderoso que esqueça de como rir de mim mesmo e
do meu mundo. Assim, sempre permanecerei uma criança, pois apenas
como criança recebo a capacidade de erguer os olhos para os outros; e,
enquanto erguer os olhos para os outros, jamais serei grande demais
para a minha cama.
Rirei do mundo.
E enquanto rir jamais serei pobre. É esta, então, uma das maiores
dádivas da natureza e eu não mais a desperdiçarei. Apenas com o sorriso
e a felicidade posso eu realmente tornar-me um êxito. Apenas com o
sorriso e a felicidade posso apreciar os frutos de meu trabalho. Se assim
não fosse, muito melhor seria fracassar, pois a felicidade é o vinho que
aguça o sabor da comida. Para apreciar o êxito devo ter felicidade e o
sorriso será o criado que me servirá.
Serei feliz.
Terei êxito.
Serei o maior vendedor que o mundo jamais conheceu.

Quinze

Pergaminho Número Oito
Hoje centuplicarei meu valor.
Uma folha de amoreira, tocada pelo gênio do homem, torna-se
seda.
Um campo de barro, tocado pelo gênio do homem, torna-se um
castelo.
Um cipreste, tocado pelo gênio do homem, torna-se um santuário.
A lã tosquiada da ovelha, tocada pelo gênio do homem, torna-se
vestuário para um rei.
Se é possível às folhas, ao barro, à madeira e à lã terem seu valor
centuplicado, sim, multiplicado pelo homem, não posso eu fazer o
mesmo com o barro que leva meu nome?
Hoje centuplicarei meu valor.
Sou comparável ao grão de trigo que enfrenta um de três futuros.
O trigo pode ser ensacado e armazenado num depósito até servir de
alimento ao suíno. Ou pode virar farinha e fazer o pão. Ou pode ser
lançado à terra e crescer até que sua espiga dourada divida-se e produza,
de um, milhares de grãos.
Sou comparável ao grão de trigo, com apenas uma diferença. O
trigo não pode escolher entre ser alimento do suíno, base da farinha,
ou plantado para multiplicar-se. Eu posso escolher e não deixarei que
minha vida seja alimento do suíno, nem a deixarei colocar-se sob as
rodas do fracasso e do desespero para ser despedaçada e devorada
pela vontade dos outros.
Hoje centuplicarei meu valor.
Para crescer e multiplicar é necessário plantar o grão de trigo na
escuridão da terra e meus fracassos, meus desesperos, minha ignorância
e minhas inabilidades são a escuridão em que fui plantado a fim de
amadurecer-me. Agora, como o grão de trigo que brota e floresce é
apenas nutrido com chuva e sol e ventos quentes, eu também devo
nutrir meu corpo e minha mente para realizar meus sonhos. Mas, para
crescer a grande altura, o trigo deve esperar pelos caprichos da natureza.
Eu não necessito esperar, pois tenho o poder de escolher meu próprio
destino.
Hoje centuplicarei meu valor.
E como realizarei isto? Primeiro, estabelecerei objetivos para cada
dia, cada semana, cada mês, cada ano e para minha vida. Assim como
a chuva deve cair antes que o trigo quebre a casca e brote, assim também
devo ter objetivos antes que minha vida se cristalize. Ao estabelecer
meus objetivos, pensarei em meu melhor desempenho no passado e o
centuplicarei. Este será o padrão sobre o qual viverei no futuro. Jamais
me preocuparei com a elevada altura de meus objetivos, pois não é
melhor apontar minha lança para a lua e atirá-la apenas numa águia do
que apontá-la para a águia e acertar apenas na rocha?
Hoje centuplicarei meu valor.
A altura dos meus objetivos não me apavorará, embora possa
tropeçar freqüentemente antes de alcançá-los. Se tropeçar, levantarme-
ei e minhas quedas não me preocuparão, pois todos os homens
devem tropeçar muitas vezes para alcançar a glória. Apenas o verme é
livre da preocupação de tropeços. Eu não sou um verme. Que os outros
construam uma caverna com seus barros. Eu construirei um castelo
com o meu.
Hoje centuplicarei meu valor.
E assim, como o Sol aquece a terra para fazer com que brote a
semente de trigo, também as palavras destes pergaminhos aquecerão
minha vida e transformarão meus sonhos em realidade. Hoje superarei
toda ação que executei ontem. Subirei a montanha do hoje com o
extremo de minha capacidade, amanhã subirei mais alto que hoje e, no
dia seguinte, mais alto que na véspera. Superar os feitos dos outros é
importante; superar meus próprios feitos, é tudo.
Hoje centuplicarei meu valor.
E assim como o vento quente conduz o trigo à madureza, o
mesmo vento levará minha voz aos que me darão ouvidos, e minhas
palavras anunciarão meus objetivos. Uma vez pronunciadas, não ousarei
recordá-las para que não percam a expressão. Serei meu próprio profeta,
e embora todos possam rir de minhas alocuções eles ouvirão meus
planos, conhecerão meus sonhos; e assim não haverá saída para mim
até que minhas palavras se tornem feitos realizados.
Hoje centuplicarei meu valor.
Não cometerei o terrível crime de aspirar a pouco demais.
Executarei o trabalho que o fracasso não executará.
Sempre deixarei o meu desígnio exceder a minha compreensão.
Jamais me contentarei com o meu desempenho na feira.
Sempre elevarei meus objetivos tão logo os atinja.
Sempre me esforçarei para fazer a próxima hora melhor do que a
hora presente.
Sempre anunciarei meus objetivos ao mundo.
Contudo, jamais proclamarei minhas realizações. Deixarei, ao
contrário, que o mundo se aproxime de mim com louvores e que eu
possa ter a sabedoria de recebê-los com humildade.
Hoje centuplicarei meu valor.
Um grão de trigo quando centuplicado produzirá centenas de
talos. Centuplique-os dez vezes e eles alimentarão todas as cidades da
Terra. Não sou eu mais do que um grão de trigo?
Hoje centuplicarei meu valor.
E, feito isso, repetirei a façanha e repetirei de novo e haverá
espanto e estupefação diante de minha grandeza, assim que as palavras
destes pergaminhos se cumprirem em mim.

Dezesseis

Pergaminho Número Nove
Meus sonhos são insignificantes, meus planos são poeira, meus
objetivos são impossíveis.
Todos nada valem, a não ser seguidos por ação.
Agirei agora.
Jamais existiu mapa, por mais cuidadosamente executado em
detalhe e escala, que elevasse seu possuidor um só centímetro do chão.
Jamais houve uma lei, conquanto honesta, que impedisse um crime.
Jamais houve um pergaminho, mesmo como este que agora tenho nas
mãos, que ganhasse um tostão sequer ou produzisse uma única palavra
de aclamação. Somente a ação transforma o mapa, o papel, este pergaminho,
meus sonhos, meus planos, meus objetivos em força viva. A
ação é o alimento e a bebida que nutrirá o meu êxito.
Agirei agora.
Minha acomodação, que me atrasa, nasceu do medo, e agora
reconheço este segredo tirado das profundezas de todos os corações
corajosos. Agora sei que para vencer o medo devo sempre agir sem
hesitação e as hesitações do meu coração desaparecerão. Agora sei
que a ação reduz o leão do terror à formiga da equanimidade.
Agirei agora.
De hoje em diante, relembrarei a lição do vaga-lume que acende
sua luz apenas quando voa, apenas quando está em ação. Tornar-me-ei
um vaga-lume e, mesmo durante o dia, meu fulgor será visto, apesar
do sol. Que os outros sejam como borboletas que alisam suas asas,
mas dependem da caridade de uma flor para viver. Serei como o vagalume
e minha luz iluminará o mundo.
Agirei agora.
Não evitarei as tarefas de hoje e não as deixarei para amanhã,
pois sei que o amanhã jamais chega. Deixe-me agir agora, mesmo que
minhas ações possam não trazer felicidade ou êxito, pois é melhor agir
e fracassar do que não agir e atrapalhar-me. A felicidade, em verdade,
pode não ser o fruto colhido pela minha ação, mas sem ação todo fruto
morrerá na vinha.
Agirei agora.
Agirei agora. Agirei agora. Agirei agora. De hoje em diante,
repetirei estas palavras sempre e sempre, cada hora, cada dia, até que
elas se tornem um hábito como minha respiração e as ações que se
seguirem tornem-se tão instintivas como o piscar de meus olhos. Com
estas palavras posso condicionar minha mente a executar tudo que
seja necessário ao meu êxito Com estas palavras posso condicioná-la a
enfrentar todos os desafios que o fracasso evita.
Agirei agora.
Repetirei estas palavras sempre e sempre.
Ao acordar, eu as pronunciarei e pularei da cama, enquanto o
fracasso dorme uma hora mais.
Agirei agora.
Ao entrar na feira, eu as repetirei e imediatamente enfrentarei a
primeira possibilidade, enquanto o fracasso pondera, ainda, se valerá a
pena.
Agirei agora.
Ao encontrar uma porta fechada, eu repetirei as palavras, e baterei
enquanto o fracasso espera lá fora com medo e agitação.
Ao me defrontar com a tentação eu as repetirei outra vez e agirei
imediatamente para afastar-me da maldade.
Agirei agora.
Ao ser tentado a desistir e recomeçar amanhã, eu as pronunciarei
e, imediatamente, agirei para consumar outra venda.
Agirei agora.
Apenas a ação determina meu valor na feira e, para multiplicar
meu valor, multiplicarei minhas ações. Andarei por onde o fracasso
teme andar. Trabalharei enquanto o fracasso procura descanso.
Conversarei enquanto o fracasso permanece calado. Visitarei dez que
podem comprar minhas mercadorias, enquanto o fracasso faz
grandiosos planos para visitar um. Direi que está tudo consumado antes
que o fracasso diga que é tarde demais.
Agirei agora.
Pois o agora é tudo que tenho. O amanhã é o dia reservado para
o trabalho do preguiçoso. Eu não sou preguiçoso. O amanhã é o dia
em que o mau se torna bom. Eu não sou mau. O amanhã é o dia em
que o fraco se torna forte. Eu não sou fraco. O amanhã é o dia em que
o fracasso terá êxito. Eu não sou um fracasso.
Agirei agora.
Quando o leão está faminto, ele come. Quando a águia tem sede,
ela bebe. Se não agem, ambos correrão perigo.
Sinto fome de êxito. Sinto sede de felicidade e paz de espírito.
Agirei para não correr perigo numa vida de fracasso, de miséria e de
noites indormidas.
Eu ordenarei e obedecerei às minhas próprias ordens.
Agirei agora.
O êxito não esperará. Se eu retardo, ele se compromete com outro
e eu o perco para sempre.
Esta é a hora. Este é o lugar. Eu sou o homem.
Eu agirei agora.

Dezessete

Pergaminho Número Dez
Quem tem a fé tão pequena que, em momento de grande desastre
ou agitação, não haja clamado a seu deus?
Quem já não gritou quando confrontado com o perigo, a morte,
ou o mistério além de sua compreensão ou experiência normal? De
onde vem esse profundo instinto que escapa da boca de todas as
criaturas vivas em momentos de perigo?
Mova rápido sua mão ante os olhos de alguém e ele irá piscar. Dê
uma pancadinha logo abaixo do joelho e sua perna irá pular. Confronte
alguém com um negro horror na face e ele dirá, “Meu Deus”, levado
pelo mesmo impulso.
Não necessito permear minha vida de religião a fim de reconhecer
este grande e maior mistério da natureza. Todas as criaturas que andam
sobre a terra, inclusive o homem, possuem o instinto de gritar por
socorro. Por que possuímos esse instinto, esse dom?
Não são nossos gritos uma forma de súplica? Não é
compreensível, num mundo governado pelas leis da natureza, que uma
mente grandiosa, à parte de dar ao cordeiro, à mula, ao pássaro, ao
homem, o instinto de gritar por socorro, tenha também permitido que
o grito fosse ouvido por algum poder superior capaz de ouvir e atender
ao grito de socorro? De hoje em diante eu suplicarei, mas meus gritos
por socorro serão apenas pedidos de orientação.
Jamais suplicarei pelas coisas materiais do mundo. Não peço ao
criado que me traga comida. Não determino ao hospedeiro que me dê
um quarto. Jamais buscarei dádivas de ouro, amor, saúde, vitórias
mesquinhas, fama, êxito ou felicidade. Suplicarei apenas por orientação
para que eu venha a saber a maneira de adquirir estas coisas e serei
sempre atendido em minha súplica.
A orientação que busco pode chegar como pode não chegar, mas
não são ambas uma resposta? Se uma criança busca pão com seu pai e
não encontra, não deu o pai uma resposta?
Suplicarei por orientação e suplicarei como um vendedor, desta
maneira:
Ó criador de todas as coisas, ajudai-me. Pois hoje saio pelo
mundo nu e só, e sem vossa mão para orientar desviar-me-ei do
caminho que conduz ao êxito e à felicidade.
Não peço ouro ou roupa ou mesmo oportunidades segundo
minha capacidade, mas orientação para que possa adquirir
capacidade segundo minhas oportunidades.
Ao leão e à águia ensinastes a caçar e a prosperar com os dentes
e as garras. Ensinai-me a caçar com palavras e a prosperar com
amor para que eu possa ser um leão entre os homens e uma águia na
feira.
Ajudai-me a permanecer humilde nos obstáculos e fracassos;
mas não oculteis dos meus olhos o prêmio que virá com a vitória.
Conferi-me tarefas para as quais outros fracassaram; mas
orientai-me na colheita das sementes do êxito nos fracassos dos
outros. Confrontai-me com temores que temperarão o meu espírito;
mas dotai-me de coragem para rir de meus receios.
Reservai-me dias suficientes para alcançar meus objetivos; mas
ajudai-me a viver este dia como se fosse o meu último dia.
Orientai-me em minhas palavras para que elas frutifiquem; mas
acautelai-me a língua, para que a ninguém difame.
Disciplinai-me no hábito de tentar sempre e sempre; mas
mostrai-me a maneira de utilizar-me da lei das médias. Favoreceime
com a prontidão em reconhecer as oportunidades; mas dotai-me
com a paciência que concentrará minha força.
Banhai-me em bons hábitos para que os maus hábitos se
afoguem; mas concedei-me a compaixão pela fraqueza dos outros.
Fazei-me sofrer para saber que todas as coisas passarão; mas ajudaime
a contar minhas bênçãos de hoje.
Sujeitai-me ao ódio, para que ele não seja um estranho; mas
enchei minha taça de amor para transformar estranhos em amigos.
Mas que todas estas coisas aconteçam apenas segundo vossa
vontade. Sou uma uva pequena e solitária compondo a vinha, mas
me fizestes diferente de todas as outras. Em verdade, deve haver um
lugar especial para mim. Orientai-me. Ajudai-me. Mostrai-me o
caminho.
Deixai-me tornar em tudo aquilo que planejastes para mim
quando minha semente foi plantada e escolhida por vós para brotar
no vinhedo do mundo.
Ajudai este humilde vendedor. Orientai-me, Meu Senhor.